21 de fevereiro de 2015

Que mané desapego, é meu e ponto.

Essa coisa de exercitar o desapego deveria ser proibido, pelo menos quando se trata de você e eu. Coisa chata isso de tentar fingir que não quer aquilo que intensamente se deseja. Quem inventou que isso faz bem ao casal deve ter sido um solitário infeliz pra caralho, aposto três cervejas que sim. Não deve entender nada de relacionamentos de verdade, dos que envolvem tesão, brigas sem sentido e o mesmo número de xingamentos e apelidos carinhosos, alternados entre momentos de amor e ira. Um cabaço, pra não dizer coisa pior.

Odeio esse papo de “não devemos explicações um pro outro”. Quem em sã consciência pensa em liberdade total quando carrega uma paixão no corpo? É tanto cego correndo no meio desse tiroteio, achando que vendar os olhos evita bala perdida. Não estou falando que não acredito em independência, nem vem colocar ponto final na minha vírgula. O que estou falando é que relação é coisa complicada e por isso mesmo gostosa. Imagina uma salada sem tempero: pois é, assim seria se tivéssemos o controle de tudo.

O problema está nos extremos. Se você é romântico demais, dá merda; se você é desprendido demais, dá merda. “É preciso equilíbrio”, dizem os velhos poetas de boteco, que passam as tardes bebendo cerveja barata e desejando bundas, peitos e pernas alheias. Eles sim sabem das coisas.

Não se trata de posse, é algo que vai além disso. É desejo de ser um só com e em outra pessoa, é não possuir algo pra chamar de meu, embora te ouvir me chamar de seu na cama dê um tesão desgraçado. Sei que você também gosta de ser chamada de minha (minha puta, minha mulher, minha gostosa), te vejo disfarçar um sorrisinho sacana quando isso acontece.

Meus gostos são duvidosos, de pouco refinamento. Meu francês é uma merda e não entendo de vinhos. Tudo o que tenho é um desejo de me perder em seus cabelos, preso em uma chave de pernas bem firme. Não só isso, porque quando você sorri esse meu pequeno mundo se alarga – de uma casca de noz vira sol.

A razão não faz o menor sentido quando estamos apaixonados. Quero dizer que ela não produz sentidos e significados como deveria, que vira um verdadeiro puteiro – o que pra mim é perfeito. Não sou de ficar buscando razão nisso e naquilo, eu vou e pronto e se eu tiver que me foder, que seja. Desconfio muito de gente controlada demais, sempre pensando em como soar segura e descolada.

Porém não suporto porra-louquice, manias quase suicidas e niilismo blasé. Ficar comigo é simples. Sem jogo (fora os sexuais), sem falsa maturidade. Vamos rir, sentir ciúmes um do outro, chorar, beber, fazer piadas horríveis e transar bêbados, como se não houvesse amanhã. Nos lamber de cima a baixo, sem nojinho, e experimentar novas posições e posicionamentos existenciais.

Me deixa te recitar Vinícius ao pé do ouvido, em tom pornográfico, só pra ver de perto teus lábios tremerem de prazer, imaginando o que está por vir. O teu gemido é meio caminho para o meu gozo. Meu mundo é esse; pequeno, quente e úmido, situado entre as suas pernas, esse jardim de delírios.

Não sou simpático a esse papo de desapego. Se quiser me pegar, tem que ser de jeito.

Hoje comecei e pensar nas últimas semanas, nos últimos meses, e não vou me enganar fingindo que não aconteceu nada porque aconteceu sim! Acabei conhecendo muitas coisas novas, enxerguei o que eu realmente queria, e como eu queria. Com o passar o tempo me entreguei a diversos momentos, e não me arrependo, pois a adrenalina foi grande, as sensações de emoção também, tanto boas quanto ruins, mas bateu um aperto forte quando tudo desmoronou, eu perdi forças que achei que tivesse conquistado, eu perdi pessoas, eu perdi orgulho, eu ganhei tristezas, mas o que eu sempre faço? Vejo o lado bom das coisas, tento guardar as boas lembranças, mas sabe o que as boas lembranças me fazem sentir? Saudade. O que será que a vida me reserva para amanhã? Lembranças, saudades, tristezas, ou indiferenças?

Espero que cure tudo de ruim que deixou marcado.

Um novo hospedeiro

Descobri um novo hospedeiro na minha vida, não o julguem, ele apareceu de repente, de alguns casos mau resolvidos e incompletos, a incerteza. Não sei quais as consequências, mas conheço bem os sintomas, e também algumas perdas, a falta de oportunidade, os bons momentos, aqueles que são sinceros e naturais, mas por alguns motivos você não acredita na veracidade. Olhei pra ele e vi que não sei lidar, e pensei, a cura óbvia é o contrário do que ele me faz sentir, mas ai é que tá, eu não controlo o que sinto. Deixo ele aqui, horas luto e outras apoio, pois um passo pra trás pode me levar pra frente no futuro.

/Pensando no meio da madrugada, insegura.

Todos sabem que é pra você, todos sabem o que quero dizer, até você, pena que não pode ver.


Lidei com as mudanças conforme o tempo foi passando, aprendi e enxerguei o que eu realmente queria, queria você, dizer chega não foi simples como parece, todos sabemos, as escolhas não foram rápidas cono até você pensou que tenha sido, elas vinham sendo formadas a tempos e você não enxergava, ou entendia quando eu dizia: comigo é tudo ao extremo, 8 ou 80, não era uma frase clichê, mas sim um fato que ia ocorrer, eu avisei sempre, ou melhor, eu deixava completamente claro, como eu queria, como eu faria e como seria melhor, tentei facilitar ao máximo o convívio, facilitar para poder fazer chegar lá, lá nos 80 ou além, e sabe porque isso? Por que tantas tentativas? Porque eu te queria infinitamente.


Escolhas vem e vão, umas mais difíceis que as outras, cada dia uma nova luta, pra chegar próximo a minha perfeição.


A melhor parte é quando se pega gosto pela própria vida, quando se lembra da pessoa que ama e chora, mas chora pelos momentos bons que se passou do lado dela, não lembrando dos ruins, os ruins que levaram a uma simples pontuação do nosso belo português, aquele pequeno e que faz diferença, o final.

Como pode, todos realmente estavam certos, e eu querendo que eles estivessem errados, quando desacreditaram que seriamos capazes de aguentar e vencer, como pode a gente, tão jovem, esperto e inteligente não conseguir aguentar tanta adrenalina e emoção, para assim conseguir ir até o fim, mas realmente todos estavam certos, não conseguimos, e eu sempre teimosa indo contra, batendo de frente com experiências vividas por eles, não por mim, mas a teimosia me mostrou que eu estava errada, mas ao mesmo tempo me pego pensando que eu estava completamente certa, eu arrisquei, eu acreditei, mesmo que não tenha conseguido eu te dei essa confiança e você deu pra mim, enfim, as coisas terminaram assim.

A porta. O canto. O lugar. O esconderijo.

Como pode, todos realmente estavam certos, e eu querendo que eles estivessem errados, quando desacreditaram que seriamos capazes de aguentar e vencer, como pode a gente, tão jovem, esperto e inteligente não conseguir aguentar tanta adrenalina e emoção, para assim conseguir ir até o fim, mas realmente todos estavam certos, não conseguimos, e eu sempre teimosa indo contra, batendo de frente com experiências vividas por eles, não por mim, mas a teimosia me mostrou que eu estava errada, mas ao mesmo tempo me pego pensando que eu estava completamente certa, eu arrisquei, eu acreditei, mesmo que não tenha conseguido eu te dei essa confiança e você deu pra mim, enfim, as coisas terminaram assim.

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